O ator conta que foi fácil se identificar com a causa ambientalista defendida por seu personagem na novela das 7, Totalmente Demais
Apesar de a arte estar no DNA de Daniel Blanco, o Fabinho de Totalmente Demais, que é neto, filho e quinto irmão de uma família de músicos e atores, o garotão, de 21 anos, sempre teve uma ligação intensa com a natureza. Assim, ficou fácil se identificar com a causa ambientalista defendida por seu personagem na novela das 7: “A paixão pela natureza é o que tenho de mais parecido com o Fabinho. Ele é muito rico, só que a paixão dele é a natureza. Fabinho era reprimido pelos pais e eu, que venho de uma família de artistas, nunca tive problema de repressão.”
Aos 5 anos, Daniel imitava o bailarino americano Michael Flatley (especialista em dança irlandesa) e, por dois anos, estudou sapateado a sério. Mas, aos 8, pediu ao pai, Billy Blanco Júnior, para treinar futebol na escolinha do Zico (ex-jogador do Flamengo), dando a entender que não seguiria o caminho dos irmãos mais velhos: Pedro Sol, Lua Blanco, Ana Terra Blanco e Estrela Blanco. E até da caçula, Marisol. Que nada! Logo depois, Daniel fez aulas de bateria, até os 15 anos, quando pegou o violão e passou a tocar e compor. “A gente conviveu muito com nosso avô, Billy Blanco (1924/2011), e nosso pai é músico, produtor… Sempre estivemos no meio da música. Dentro da barriga da minha mãe, Maria Cláudia, ela botava o fone pra gente ouvir os Beatles. Isso antes de nascer. Nosso vínculo é muito grande”, conta.
Como é a sua relação com a defesa do meio ambiente?
Sempre defendi a natureza do jeito que pude, com os ensinamentos que aprendi em casa: reciclando o lixo, economizando água, enfim, pequenas e bem intencionadas ações.
Sempre defendi a natureza do jeito que pude, com os ensinamentos que aprendi em casa: reciclando o lixo, economizando água, enfim, pequenas e bem intencionadas ações.
Você acampa, faz trilha…?
Sou apaixonado pela natureza desde pequeno. Tenho uma tatuagem, no pé, que é Nature (natureza em inglês). Fiz aos 16 anos e não me arrependo. E não pretendo fazer outra. Eram os últimos R$ 50 que tinha no bolso e fiz porque estava criando um vínculo muito grande com a natureza. Moro em Vargem Grande, que é um lugar perto do mar, perto de cachoeira. Sempre estive próximo disso.
Sou apaixonado pela natureza desde pequeno. Tenho uma tatuagem, no pé, que é Nature (natureza em inglês). Fiz aos 16 anos e não me arrependo. E não pretendo fazer outra. Eram os últimos R$ 50 que tinha no bolso e fiz porque estava criando um vínculo muito grande com a natureza. Moro em Vargem Grande, que é um lugar perto do mar, perto de cachoeira. Sempre estive próximo disso.
Fabinho andou com um pé na vilania. Acha que ele mudou?
O Fabinho é rebelde. O diretor Luiz Henrique Rios gosta de dizer que a gente faz uma novela cinza, que não é preta, nem branca. Ninguém faz tudo certo, nem ninguém faz tudo errado. Não é uma novela de vilões. Não tem o herói, o bonzinho. Todo mundo tem um passado, problemas psicológicos. E o Fabinho carrega uma tragédia na família, um passado de rejeição. Então, a reatividade causa isso nele.
O Fabinho é rebelde. O diretor Luiz Henrique Rios gosta de dizer que a gente faz uma novela cinza, que não é preta, nem branca. Ninguém faz tudo certo, nem ninguém faz tudo errado. Não é uma novela de vilões. Não tem o herói, o bonzinho. Todo mundo tem um passado, problemas psicológicos. E o Fabinho carrega uma tragédia na família, um passado de rejeição. Então, a reatividade causa isso nele.
Ao menos a relação dele com o pai (Humberto Martins) melhorou.
Parece. O pai fazia o papel do chato, sempre criticando, falando que ele tinha de levar a vida a sério. Até que deu o braço a torcer, ao elogiar o filho pelo projeto que ele desenvolveu na empresa.
Parece. O pai fazia o papel do chato, sempre criticando, falando que ele tinha de levar a vida a sério. Até que deu o braço a torcer, ao elogiar o filho pelo projeto que ele desenvolveu na empresa.
Seu pai também foi muito exigente, como o Germano?
Para ter um equilíbrio, em certos casos, acho importante uns “esporrinhos” mais fortes. Já levei dos meus pais e acho que foi muito válido. Fabinho sempre foi mimado, tem dinheiro desde criança, então, se ele não tiver alguém para direcioná- lo, ele emperra. É estudante de geografia. Muito inteligente, mas meio relaxado na escola, nem sempre tira notas boas, mas quando resolve se dedicar, consegue.
Para ter um equilíbrio, em certos casos, acho importante uns “esporrinhos” mais fortes. Já levei dos meus pais e acho que foi muito válido. Fabinho sempre foi mimado, tem dinheiro desde criança, então, se ele não tiver alguém para direcioná- lo, ele emperra. É estudante de geografia. Muito inteligente, mas meio relaxado na escola, nem sempre tira notas boas, mas quando resolve se dedicar, consegue.
Como você foi na escola?
Eu era bem parecido com o Fabinho nisso. Só estudava quando realmente precisava. Nunca repeti de ano, mas passava raspando. Eu achava que deveria ter mais aulas fora do que dentro das salas, justamente para manter o interesse do aluno. Pra que a escola vire um espaço de construção do ser humano e não algo que cheira a escravidão. Tem que se formar cidadãos.
Eu era bem parecido com o Fabinho nisso. Só estudava quando realmente precisava. Nunca repeti de ano, mas passava raspando. Eu achava que deveria ter mais aulas fora do que dentro das salas, justamente para manter o interesse do aluno. Pra que a escola vire um espaço de construção do ser humano e não algo que cheira a escravidão. Tem que se formar cidadãos.
