A atriz também revela seu encanto pela profissão e pelo sertão
Viver um amor doentio? Só na ficção! Aos 26 anos, Carla Salle interpreta Valquíria, jovem que se envolveu com Hermano (Gabriel Leone) mesmo sabendo que ele ama Maria (Alice Wegmann). Diferente da personagem, a niteroiense diz que não investiria num sentimento que não é recíproco. “Nunca manteria uma relação com alguém que não está nesse relacionamento comigo. Não entraria nessa, mas Valquíria sim. O amor dela pelo Hermano transcende o amor próprio”, explica a atriz de Onde Nascem os Fortes. Viver à sombra da rival faz com que Valquíria deixe o ciúme subir à cabeça e meta os pés pelas mãos. Carla jura que não agiria da mesma forma e que, para ela, amor e respeito andam juntos: “Você não pode querer ser livre e aprisionar o outro. A liberdade é uma via de mão dupla!”
Casal na vida real, a atriz e o namorado trabalham juntos pela segunda vez. Foto: Globo/Estevam Avellar
TUDO EM CASA
Namorados na vida real, Carla e Gabriel trabalham mais uma vez juntos. Depois de viverem irmãos em Os Dias Eram Assim (2017), agora, eles interpretam um casal. Para a libriana, dessa vez é mais difícil do que parece. “A relação desses dois é completamente diferente da nossa, então, é um solo novo que a gente pisou e que foi muito interessante de descobrir. Porque o amor já existe, mas é num lugar tão diferente, que a gente teve que encontrar esse espaço dentro da gente”, explica a atriz, que festeja o reencontro com o amado. “É sempre muito legal trabalhar com o Gabi. Somos superparceiros em cena e na vida e nos admiramos muito. O respeito move uma relação”, conta.
No ano passado, Carla atuou com Marcos Palmeira em Os Dias Eram Assim. Foto: Globo/João Miguel Júnior
SEM TABU
Na trama das 11, Valquíria revelou que, no passado, namorou a amiga Aldina (Camila Márdila). Carla gostou da forma como a história foi conduzida. “Toda forma de amor é linda e, independente do sexo, precisa ser contada e aceita. Se ofende ou invade o outro, acho que quem tem o problema é outro”, opina.
APAIXONADA PELO SERTÃO
Apesar de ser de Niterói, Rio de Janeiro, a artista tem raízes sertanejas. Sua avó, Ivonete, é de Calumbi, interior de Pernambuco, e, por isso, viajar para o sertão da Paraíba para gravar a supersérie mexeu com ela. “Eu carrego muito da história desse povo no meu sangue, aquele lugar me toca de um modo muito especial. Me senti reconectada com as minhas raízes”, conta a estrela, que classifica essa temporada como um período enriquecedor. “No sertão, você esquece de tudo e fica em contato com o que é essencial, que é o corpo, a terra, o céu. Foi uma experiência transformadora para mim. Eu descobri que temos um sertão dentro da gente e me reconectei com o verdadeiro eu. É um lugar que te atravessa e nunca mais sai de você”, conta.
Com Felipe Simas, em Totalmente Demais (2015). Foto: Globo/João Miguel Júnior
ARTE NA VEIA
Com uma carreira em ascensão, a atriz garante que atua por amor ao que faz e não pela fama. “A arte sempre foi fundamental na minha vida, antes de eu entendê-la como profissão. Então é um privilégio poder viver dela, que encaro como algo transformador, que toca o outro e me toca. Por si só é um ato que me inspira”, explica a libriana, que faz parte de uma safra de atores extremamente dedicados. “O meu trabalho é me aprofundar, é cavar, e eu me sinto realizada e feliz fazendo parte dessa geração que se movimenta, que está cansada das mesmas coisas e veio para mudar. Eu acho que somos um grupo de jovens artistas potentes, que vieram a fim de transformar os antigos padrões “, discursa.
