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Eliane Giardini fala sobre o papel da mulher na dramaturgia brasileira

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A atriz, no ar em Êta Mundo Bom!, afirma que existem mulheres que ainda são machistas e que as conquistas contra o preconceito ainda são recentes

É difícil falar sobre a história das novelas brasileiras sem lembrar de Eliane Giardini, ícone de uma geração de estrelas do porte de Elizabeth Savalla, Susana Vieira, Vera Fischer e Sonia Braga, entre outras. Aos 17 anos, Eliane já atuava, mas só estreou em novelas com 32 anos, em Ninho da Serpente (1982), da Band, na qual contracenou com duas outras divas da dramaturgia: Beatriz Segall e Laura Cardoso

De lá para cá, na Globo, viveu mulheres marcantes, como a cigana Lola, em Explode Coração (1995), a guerreira Caetana, na minissérie A Casa das Sete Mulheres (2003) e a sensual Muricy, de Avenida Brasil (2012). “Meus personagens acabam tendo muito de mim”, confessa, aos 63 anos. No ar em Êta Mundo Bom!, a paulista vive o drama de ter sido separada de seu filho, a quem busca incessantemente. Eliane, que é mãe de Juliana (39) e Mariana (35), frutos do casamento com Paulo Betti, confessa que o papel na novela das 6 a faz pensar em sua própria família e na condição de mãe. “Não tem uma vez que eu não viva um drama de mãe e filho que não projeto para a minha vida, com minhas filhas”, confessa.


Fazer novela de época tem um gosto especial?
Eu adoro e essa novela é uma graça! A coisa da época sempre traz algo de especial, tanto para quem trabalha nela, quanto para o telespectador. 

O figurino ajuda na hora de compor a personagem?
O figurino é fundamental. Achamos muito os personagens na caracterização! Na televisão existe pouco espaço para a criação. Me preocupo com a verdade que posso levar para as pessoas e emocioná- las. Para que, quem me viu bastante, possa acreditar de novo nessa proposta. 
O que acha dessa busca da Anastácia pelo filho perdido?
A novela começa num momento de libertação. Apesar do luto, é a hora de liberdade e potência. É uma história linda, em que ela e o filho buscam um ao outro, sabendo que eles dividem esse sonho. 
Como seu lado mãe reage, “vivendo” essa história tão forte?
Levo tudo de mim. Não tem uma vez que eu não viva um drama de mãe e filho que não projeto para a minha vida, com minhas filhas. Não sei como seria se eu não fosse mãe. Vou perguntar para a minha querida Vera Holtz. 
Por quê?
Vivi uma experiência com o José Wilker, que me chamou para fazer uma peça em que uma mãe tinha o filho refugiado morto na frente dela. Eu não conseguia nem ler o texto, imagina encenar aquilo toda noite? E a Vera fez o papel. Ela não tem filhos, acredito que isso tenha um peso, porque é muito difícil separar as coisas nessa hora. 

Deve ser difícil mesmo…
A gente tem vivências como mãe que mudam a nossa vida inteira. Tudo o que tinha importância não tem mais. Filho é para sempre, você nunca, jamais vai estar sozinha. E isso é um material para as minhas personagens. E, graças a Deus, minhas personagens sempre tiveram vida afetiva! 
Isso não era muito comum, né?
Quando eu estava começando, a mulher de 40 anos, quando ficava viúva ou se separava, não tinha mais vida. Ainda bem que a dramaturgia se modernizou. Hoje, as mulheres mais velhas têm vidas afetivas normais. 

Você acredita que esse cenário faz parte do antigo preconceito com a figura feminina?
Sim. Existe preconceito contra os negros, gays, contra a mulher. E eles existem há muito tempo, a diferença é que hoje é crime e temos armas para denunciar. Também digo que existem mulheres que ainda são machistas. É um habito, elas foram educadas para serem dessa forma. As conquistas contra o preconceito ainda são recentes.

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